O Melhor Pudim de Leite Condensado do Mundo

Dei esse nome porque acho mesmo que é a melhor receita - daí o melhor pudim - que se pode encontrar. E olha que por muito tempo procurei...

Minha lembrança de pudim de leite condensado é de infância, da casa do meu Tio Noca. A Dirone, que trabalhava lá, fazia essa sobremesa com uma particularidade - numa forma sem o furo no meio e na boca do fogão e não no forno. A receita se foi a com a Dirone... Depois veio o pudim da mãe da Melissa, que nunca dava certo comigo. O da Tia Leonor é maravilhoso e leva côco. Mas essa receita que a Isabela, minha irmã, conseguiu com um chef de hotel, a meu pedido, é simplesmente the best!

Mas aí tinha o problema da calda. Sempre tive “medo” dessa calda, e receita que a Isa conseguiu não falava nada. Achava muito complicado untar a forma com ela, que vem fervendo e pode acabar queimando a gente porque gruda em tudo. E, ainda por cima, endurece rápido. Mas achei a solução: no livro “Todas as Técnicas Culinárias” (Le Cordon Bleu) tinha uma receita de calda caramelo que pareceu simples, testei e fiz só uma pequena alteração...

Fazer pudim é fácil, basicamente é só bater tudo no liquidificador. Untar a forma com a calda fervendo é meio chatinho... mas se pega o jeito. Mas uma coisa é inevitável: ele vai ficar umas 2 horas no forno... Vale a pena! Todo mundo vai gostar!

É uma sobremesa para fazer no dia anterior ou de manhã se for servir à noite.

Pudim:
10 gemas
500 ml de leite integral
2 latas de leite condensado

Eu gosto de coar as gemas para tirar aquelas “coisinhas brancas” e a película... Mas tem gente que coloca direto. No liquidificador bata primeiro as gemas, rapidamente. Depois junte os demais ingredientes e deixe bater até misturar bem. Faça a calda.

Calda:
250 g açúcar
225 ml água

Numa panela misture o açúcar e água com uma colher (só um pouco), deixe ferver (sem mexer mais com a colher) e abaixe o fogo, balançando a panela de vez em quando para dourar por igual, até conseguir um tom dourado-escuro. Cuidado para não deixar escuro demais e queimar.

Assim que obter a coloração despeje - com TODO O CUIDADO possível para não se queimar - a calda na forma de pudim. Vá girando - PROTEJA AS MÃOS com um pano ou luva de silicone porque a forma vai ficar super quente - para que a calda grude também nas laterais. Não precisa chegar até a borda da forma, algo em torno da metade da altura, ou até um pouco menos, já está bom (veja a foto). Você também pode usar uma espátula para ajudar nesse processo, que tem que ser rapidinho porque a calda, como falei, endurece. Se isso acontecer - a calda endurecer antes de você conseguir untar toda a forma - reaqueça rapidamente, mas com cuidado para ela não queimar, e você também não, please!

Forma pronta, dê uma última batidinha no pudim e despeje na forma. Leve ao forno em banho-maria por, aproximadamente, 2 horas em fogo médio.

Ponto certo para desligar o forno: após, aproximadamente, 2 horas, você vai notar que a superfície do pudim ficou dourada (foto), e se mexer na forma do pudim vai ver que ele está consistente. Quando isso acontecer pode desligar o forno. Deixe esfriar antes de colocar na geladeira.

Gosto de deixar na geladeira por, pelo menos, umas 4 horas. O melhor é fazer de véspera e servir só no dia seguinte.

Desenformar: não é difícil. Passe uma espátula ou faca sem corte nas laterais da forma. Bata com cuidado a forma numa superfície lisa, usando um pano de prato para “amortecer” o impacto. Coloque um prato encima da forma (lembre que tem uma calda, então o prato não pode ser muito raso) e vire-a, batendo com as mãos no fundo da forma. Levante com cuidado e... Voilá!

E o que fazer com as claras?!

Soufflé de Goiabada

Sobremesa rápida e charmosa, não é muito doce e deve ser servida assim que sair do forno - vale avisar que está quentinha... Use uma goiabada pastosa de boa qualidade. A calda de queijo é opcional, e se for fazer sirva separado, de preferência numa jarrinha bem pequena para derramar encima da sobremesa.

Para o soufflé:
8 claras
450 gramas de goiabada pastosa
1 pitada de sal

Bata as claras em neve (use a potência máxima da batedeira), e assim que elas começarem a ficar firmes, sem parar a batedeira, coloque 1 pitada de sal. Deixe bater até que as claras fiquem bem consistentes. Vá despejando a goiabada aos poucos, até obter uma mistura rosada e homogênea.

Coloque o soufflé em potinhos até o nível máximo, ultrapassando um pouco a borda, e sem nivelar (fica mais bonito assim) - ele vai crescer mas não vai transbordar, fique tranquila. Se certifique que os potinhos podem ir ao forno.

Forno médio.
10 a 15 minutos.

Para a calda:250 gr de creme de leite fresco
3 a 4 colheres (sopa) de requeijão cremoso

Leve ao fogo mexendo até aquecer e a mistura ficar homogênea - mas sem deixar ferver. Coloque numa jarrinha e sirva morno. 

O Começo!

Assunto: Nóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó

Aninha, é assim que mineiro fala quando se impressiona com alguma coisa. Sua receita de pudim estreou em BH no último sábado, num almoçinho básico de família, e desapareceu em aproximadamente 10 minutos. Meu priminho de cinco anos comeu apenas quatro pedaços bem-servidos, e a marmanjada lambeu os beiços.

Quando tiver mais receitas destas, por favor, envie. Sucesso total!

Beijoca, Vicky

Já tinha pensado em criar um blog antes, mas hesitei, afinal, se ainda não terminei de escrever meu livro de receitas (com o mesmo título do blog), não fazia muito sentido me aventurar como “blogueira”, ainda mais que sou “meio” alheia a esse “mundo virtual” - não tenho facebook, nunca entrei no Orkut ou Twitter (???), e depois de uma semana de trabalho evito ficar na frente do computador... Mas aí veio o e-mail da Vicky pedindo mais receitas, e todas as outras pessoas que fazem o mesmo toda vez que eu apareço com um bolo (por mais simples que seja) ou um jantarzinho em casa... Conclui, então, que a idéia do blog podia ser ótima - todos poderão acessar as receitas sem que eu tenha que ficar enviando e-mail! Sem contar que às vezes acabo esquecendo de mandar... Também poderei ter um feedback sobre as receitas (espero!), e, ainda, me livrar um pouco da ansiedade ao adiantar algumas “aventuras culinárias” enquanto o livro não sai do “forno”. Animadíssima!!! ;-)

Minha idéia é compartilhar receitas, sempre com fotos da preparação e do resultado final - é tão bom ler receita com foto, né?! E assim vou recheando este blog aos poucos, completando com o glossário e outras dicas - não necessariamente de culinária, já que posso ficar dias, ou até semanas (pra ser sincera) sem cozinhar nada...

Dica 1: A mais óbvia de todas: ingredientes mais frescos e de mais qualidade dão resultados melhores. Tenho amigos que ficam loucos quando me vêem “gastando” um bom roquefort num molho. Mas acho que fica ótimo assim, e, geralmente, é esse o queijo que tá dando bobeira na geladeira. Hortaliças e verduras compro no dia em que vou preparar ou no dia anterior.

Dica 2: Cozinha moderna, fogão “último tipo”, e utensílios domésticos sofisticados não são necessários. É claro que alguns equipamentos facilitam o trabalho, mas estão longe de serem considerados indispensáveis. Se perguntar pra minha mãe o que não pode faltar numa cozinha, ela certamente dirá - uma colher de pau! Eu uso muito o liquidificador (aliás, tenho que trocar o meu que está péssimo) e a batedeira (linda - adoro!). Troquei meu fogão velhinho há pouco tempo, e minha cozinha não é nenhuma maravilha...

Dica 3: Nada de mau humor! Claro que o melhor é cozinhar feliz, de bem com a vida e com música! Sozinha, acompanhada, rodeada por sua família ou de amigos, com cachorro no pé pedindo uma lasquinha - tanto faz. Você pode até cozinhar triste, melancólica, saudosa... Mas de mau humor - NUNCA! Se você se “auto-diagnosticar” com “isso”, faça uma escolha rápida e sensata - peça pizza!

Dica 4: Cozinhar envolve prática, tentativa e, infelizmente, às vezes erro... Não tem jeito, faz parte do “processo culinário”, ainda mais se você estiver começando agora... Não se assuste e não fique com medo - espante a preguiça e TENTE! Mas, atenção, se você está procurando impressionar outra pessoa que não seja você, sugiro que tente fazer a receita antes, assim você ficará menos nervosa e mais segura na hora “H”. E olha que isso não é desvantagem de principiantes, até hoje acerto muito mais o ponto do medalhão de filet quando faço só pra mim...

Cozinhar é uma delícia! E fazer uma comidinha gostosa, simples ou mais sofisticada, pra você e pra quem você gosta é super gratificante.

E então, vamos começar?!

Beijos,

Nana

PS. Já deixo registrado o meu “sorry” caso não consiga atualizar este blog com aquela freqüência... Afinal, “my book is on the table”!!!

Com a Paris após uma tarde de soufflé (para o almoço) + pudim (para um jantar de aniversário) e fotos para este blog, que é totalmente caseiro...